saneamento

Água e saneamento
no Brasil: Desafios
insustentáveis


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O trabalho do Instituto Iguá tem sido muito importante em duas dimensões. Primeiro, a da inovação. É um instituto muito preocupado em estimular a inovação. Segundo, na educação. Há uma preocupação muito grande com a educação ambiental, a conscientização, a mobilização da sociedade civil em torno de um tema que durante séculos o Brasil negligenciou, que é o problema do saneamento. E todas as suas dimensões em relação à água, à drenagem, ao esgoto. E esse tema, abordado com uma perspectiva nova, inovadora e educacional é essencial. O Instituto Iguá tem feito um grande trabalho nessas duas dimensões e nesse sentido oferece uma contribuição muito grande para o país.
Gesner Oliveira, conselheiro do Instituto Iguá, é sócio da GO Associados, professor da FGV e ex-presidente da Sabesp.

Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU na forma de uma agenda de metas a serem alcançadas até 2030.
 
A água e o saneamento compõem uma questão central para o desenvolvimento sustentável. E o acesso a esses serviços é muito relevante para a saúde, meio ambiente, educação e para a economia.
 
A pandemia de COVID-19 evidenciou ainda mais a gravidade da falta de saneamento e as desigualdades no acesso.
 
No mundo, a escassez de água afeta mais de 40% da população. No Brasil, 17% da população não tem acesso à água tratada. O cenário do esgotamento sanitário é ainda mais desafiador. Segundo o mais recente relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas (UNICEF), 4,5 bilhões de pessoas no mundo ainda não possuem acesso a um banheiro, o que representa um foco contínuo de doenças e de contaminação da água. No Brasil, esse número é superior a 4 milhões de habitantes.
 
No país, quase metade da população não tem acesso à coleta e ao tratamento de esgoto.  Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), o custo estimado para universalizar o acesso aos quatro serviços de saneamento básico (água, esgoto, resíduos e drenagem) no Brasil até 2033 é de R$ 508 bilhões.
 
O Brasil tem investido em média cerca de R$ 11,7 bilhões por ano em água e esgoto. Se o país mantiver esse ritmo de investimento e se não houver outras iniciativas convergentes, não será possível alcançar a meta. Precisamos de senso de urgência e de uma ação coletiva na direção dessas metas que significam saúde, perspectiva de desenvolvimento e preservação do meio ambiente.
 
O Instituto Iguá decidiu olhar para todos esses dados e encará-los como uma oportunidade, como um convite para a ação. E aqui estamos.

Um desafio.
Uma oportunidade
de transformação.



Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas


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Foco no ODS 6, que tem como objetivo assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos


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0%

da população não tem acesso à água tratada, o que equivale a 35 milhões de brasileiros

0mi

de pessoas, 19,6 mi zona rural + 15,4 mi área urbana

0%

da população sem acesso à coleta e tratamento de esgoto, o que equivale a 100 milhões de brasileiros
0

é o número de cidades brasileiras em que 100% da população é atendida com água potável, considerando as 100 maiores cidades brasileiras

0,6 litros

litros é o consumo anual médio de água por pessoa no Brasil

R$ 0 bi

é o custo estimado para a universalização dos serviços de saneamento no Brasil 

0.650

piscinas olímpicas é o equivalente ao volume de esgoto despejado diretamente na natureza por dia no Brasil

0 mil

mulheres sairiam imediatamente da pobreza no país com a universalização do saneamento

0º 

é a posição do Brasil no ranking de saneamento, apesar de ser a 9º economia do mundo

0%

da população mundial (3 bilhões de pessoas) não tem acesso a condições adequadas de saneamento


Fontes

  • Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS 2020
  • Ranking do Saneamento 2021– Instituto Trata Brasil
  • Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2017 - IBGE